Famílias gaúchas voltam a enfrentar elevação do nível da água no sul do estado
A preocupação é com a Lagoa dos Patos, que está transbordando com a água que chegou do Guaíba. Já na Região Metropolitana de Porto Alegre, moradores com...

A preocupação é com a Lagoa dos Patos, que está transbordando com a água que chegou do Guaíba. Já na Região Metropolitana de Porto Alegre, moradores começaram a voltar para casa. Catorze meses depois do pesadelo das enchentes, os moradores da região metropolitana de Porto Alegre revivem a experiência de voltar pra casa Catorze meses depois do pesadelo trágico das enchentes, os moradores da Região Metropolitana de Porto Alegre estão revivendo a experiência de voltar para casa. Agora, as atenções se voltaram para as famílias gaúchas do sul do estado. A preocupação é com a Lagoa dos Patos, que está transbordando com a água que chegou do Guaíba. A cidade de Rio Grande decretou situação de emergência. A inundação afetou mais de 1,3 mil propriedades. Na Fronteira Oeste, mais de 2 mil moradores de três cidades permanecem fora de casa por causa da cheia do Rio Uruguai. A dona de casa Márcia Faria Dorneles está em um dos três abrigos de Uruguaiana. “Eu vim para cá com meu marido, minha bebê de 1 ano, meu filho e meu sobrinho. Tomara que não demore muito para a gente voltar para casa de uma vez”, diz Márcia. Famílias gaúchas voltam a enfrentar elevação do nível da água no sul do estado Jornal Nacional/ Reprodução Em Porto Alegre, o nível do Guaíba no Cais Mauá diminuiu mais de 20 cm de quarta-feira (2) para quinta-feira (3). Isso permitiu que fossem retomadas as atividades portuárias, que ficaram restritas por três dias. A prefeitura reabriu as quatro comportas do cais, que fazem parte do sistema de proteção contra cheias. Elas estavam fechadas como medida de prevenção, caso o lago ultrapassasse a cota de inundação. No início da manhã, o catamarã que faz o transporte da capital com a cidade de Guaíba, na Região Metropolitana, voltou a funcionar. Na região das ilhas de Porto Alegre, a água segue baixando. Já saiu do pátio da aposentada Leonides Bortoluzzi, mas ainda toma conta da rua: “Eu sempre digo como é importante a gente olhar para o rio e ver uma gotinha a menos todo dia. Hoje de manhã, quando a gente acordou, ela estava passando o portão embaixo, descendo, e agora ela já está quase na rua, na frente da minha casa”, conta Leonides. Em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, a água também começou a baixar. Ainda assim, a cidade é a que tem o maior número de pessoas em abrigos. Nesta quinta-feira (3), ao menos sete cidades gaúchas tiveram temperaturas abaixo de zero. A combinação de umidade do ar e queda brusca no clima congelou ruas e estradas. A pista escorregadia fez dois motociclistas serem atropelados por um ônibus na quarta-feira (2), em Passo Fundo. No Vale do Taquari, não há mais alagamentos. O rio voltou para o leito. Depois de ir para o abrigo duas vezes só em julho, a dona de casa Elisiane de Oliveira retornou para casa com os sete filhos e as duas netas. Agora, o trabalho é avaliar as perdas e organizar a casa. “É bem difícil assim, porque acaba estragando móveis, roupa, eletrodomésticos. Acaba tudo estragando, queimando. Graças a Deus, estamos em casa e esperamos que dê tudo certo agora”, diz Elisiane. LEIA TAMBÉM Famílias começam a deixar abrigos em Eldorado do Sul após recuo das águas Cidades gaúchas têm temperaturas abaixo de zero pelo segundo dia seguido